quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Caras alunas,

Vejam como é fácil escrever o blog pelo Word. At. Prof.Vicente

A morte do idoso
A preocupação de toda pessoa é a angústia do passar do tempo e o medo da morte. A história humana pode ser contada de acordo com a sociedade que vivenciou a morte em diferentes períodos; diferentes tempos e espaços, pois a cultura influencia assim como são marcadas no tempo.
Buscam-se fórmulas novas para retardar o envelhecimento, vendem-se ilusões de resgatar a juventude por meio de cosméticos e cirurgias plásticas, mas inevitavelmente chegará o momento que nada será suficiente para evitar a morte. Loureiro (...) lembra que o homem sabe que é mortal, mas inconscientemente se comporta imortal, pensa que quem morre é o outro e se esquece que a única certeza que temos é a da morte. Loureiro (2004) relata que todos se preocupam com a proximidade da morte, fazendo-os buscar formas de vencer o tempo. Imaginam-se eternos mesmo sabendo serem finitos.
Ariès (1977) historiador francês estudou a morte por 15 anos de sua vida. Segundo o mesmo, as mudanças de comportamento relacionadas à morte são muito lentas, com longos períodos de estabilidade. Segundo ele, nas sociedades primitivas, a morte era domada, Isto é, pensava-se que o moribundo sabia que ia morrer. E ninguém morria sem ser avisado por alguém ou por convicção, pressentimento.
Ariès (1977) relata que a partir do século XVIII, a morte se tornou dramática passando a ser encarada como se o homem tivesse sua vida roubada de si e de sua família, iniciando assim o culto aos cemitérios e luto exagerado colocando a família como personagem principal, quando não se temia a própria morte, mas a do outro.
A partir do século XX, mais precisamente em meados de 1930, a morte foi se tornando um tabu, em que os familiares escondiam do moribundo sua real gravidade. E a morte se mudou para os hospitais. Burlá (In: FREITAS 2006) relata que “Neste processo tem surgido novas condições clínicas, específicas de pessoas mais velhas, e novas ‘formas de morrer”. Já não se morre mais em casa, rodeado pelos amigos e parentes como outrora, mas no hospital, sozinho (ARIÈS, 1977). E os pacientes são condenados a internação por meses ou até anos de vida vegetativa, ligados a tubos e aparelhos, usados como instrumentos de desafio à morte. A civilização ocidental passa então a esconder a morte, evitando falar sobre ela. Como conseqüência, a atitude mais adequada para lidar com a morte de um ente querido seria fingir que nada aconteceu, que nada mudou, contribuindo, dessa forma, para o medo diante da morte, do desconhecido.
E o autor denomina essa representação da morte de morte invertida, por ocorrer uma inversão nas características da morte, nas quais ela necessita passar despercebida, não sendo mais considerado um fenômeno natural do ser vivo, e sim, um fracasso. Tal representação leva a uma negação, a uma não aceitação da morte e a uma falsa sensação de que viveremos eternamente, aumentando, assim, o medo diante da morte.
Quanto aos familiares e amigos, não lhes é permitido sofrer em público. Beauvoir (1986) relata que com a desculpa dada pelos outros de que precisamos ficar sozinhos para lidarmos com a perda e se choramos e sofremos por muito tempo as pessoas nos orientam a procurar um psiquiatra.
Neri & Sommerhalder (2002) lembra que nas cidades grandes temos pouco tempo e espaço para cultivar relacionamentos ou pensar sobre o sentido da velhice e da morte.
A morte é uma certeza para cada ser vivo, mas muitas pessoas vivem como se fossem eternos, se constituindo um grande mistério a sua atitude diante da mesma porque o homem não imagina a sua morte, apenas a do outro. O paciente tem receio da circunstância que será a sua morte.
Burlá (In: FREITAS, 2006) observa que o paciente tem medo da dor, de morrer só ou de incomodar seus familiares, de ser enterrado vivo e lembra-se da importância de conversar com ele e ouvir suas expectativas, porque, existe um medo maior de como será o processo de morrer do que com a morte propriamente dita.
A dor é um desconforto singular que varia de pessoa para pessoa e que se converte em medo da morte. A doença grave é sempre lembrada como prenúncio da morte. Albuquerque (2003) relata que ser doente significa sofrer e sofrer significa ser passivo e sentir desconforto que varia de intensidade.
Segundo Morin (1997) só existe dor provocada pela morte se há proximidade do morto, se é íntimo, familiar, amado ou respeitado, se o morto for desconhecido não existe nenhuma ou quase nenhum sentimento de dor.
É preciso esquecer por instantes, ao menos nestes últimos instantes, a frieza do hospital ao que estão acostumadas por ofício, e condicionar, como diz Py (2004), uma presença de amorosidade ao lado de toda a eficiência e competência profissional que, na verdade, só será realmente competente e eficiente, quando ao lado de uma titulação/qualificação existir nela a humanidade e solidariedade; existir uma pessoa humana que com outro humano interage em situação desigual de vida e de morte. Entender sentimentos, costumes, cultura e crenças do ser que está morrendo sob seus cuidados são fundamentos a serem exercitados.
O homem rejeita a morte e preenche essa certeza com mitos que são pensamentos construídos pelo imaginário; Conforme Morin (2000) explica: o homo sapiens é acometido pela morte como se esta fosse uma catástrofe irremediável, que traz angústia e horror e assim ela é vista como um problema vivo.
Biologicamente, a morte é um evento que finda uma vida. Ocorre quando um órgão essencial deixa de realizar funções vitais. Segundo Lunardi et al, (2001), a morte é um evento capaz de despertar tantos sentimentos no indivíduo que está morrendo quanto nos que estão à sua companhia. Loureiro (1993), afirma que foi demonstrado em pesquisas que o medo de morrer diminui com a idade, devido a alterações dos lobos frontais do cérebro.
Metchnikoff, o primeiro grande cientista que declarou guerra à morte. Pensava em preparar soros capazes de estimular e então regenerar as células nobres do organismo, pois tais soros seriam os verdadeiros rejuvenescedores do indivíduo Segundo ele, sabendo-se que um agente tóxico manifesta uma ação estimulante se empregado em pequena dose, então propôs o emprego de soros citotóxicos. Porém ele não conseguiu descobrir a dosagem exata e teve problemas com a lei francesa com relação à pesquisa. (MORIN, 1997).
Convém nos lembrar que um único ser vivo foi capaz de sobreviver até hoje, durante dois bilhões de anos. E este ser vivo está presente em cada um de nós, em todos os seres vivos do mundo. Mas essa herança da primeira célula se deveu à sua evolução, multiplicação e mutação. Morin (1997) lembra que o ser vivo não pôde resistir à morte senão evoluindo e que evoluir significa perder algo de sua identidade. Portanto o homem só pode escapar da morte aceitando a metamorfose, ou seja, numa morte-renascimento. A velhice e a morte estão inscritas na herança genética. Portanto a velhice e a morte ocorrem em conseqüência do ciclo vital da diferenciação celular. Burlá (In: FREITAS, 2006) afirma que “Reconhecer o processo de morrer é tão importante como dar um diagnóstico”.
A questão mais interessante da origem da vida é a origem da morte. Morin, (1997) lembra que, quanto mais especializado é um organismo vivo, mais se reduzem as possibilidades de regeneração biológica, pois apenas os tecidos vulgares são passíveis de regeneração, assim um anfíbio como os sapos podem regenerar um membro amputado enquanto que um vertebrado superior está condenado a morrer ou continuar deficiente, pois as células nervosas, que são o tipo celular mais diferenciado perdem rapidamente a capacidade de reprodução. Parece então que a morte é o preço da especialização, da perfeição.
Ariès (1977) conta que na antiguidade existia um ritual diante da morte. O moribundo era avisado por convicção ou signos naturais, que estava prestes a morrer. Então eram tomadas as providências, reunia-se a família e amigos, lamentavam, choravam e pedia perdão aos amigos e familiares, que teria de responder: “Eu te perdôo aqui e perante Deus” e inclinavam um para o outro e o moribundo recomendava a Deus os vivos e escolhia sua sepultura. Fazia uma prece composta de duas partes: a culpa – “Deus, minha culpa, por tua graça, por meus pecados...” confessa sua culpa de mãos juntas e elevadas para o céu, roga a Deus que lhe dê o paraíso. A segunda parte da prece é chamada de commendatio animae também chamadas de recommendaces: “ Verdadeiro pai, que nunca mentiste, tu que chamas de volta Lázaro de entre os mortos, tu que salvas Daniel dos leões, salva minha alma de todos os perigos...” e então recebia a absolvição sacramental , o Libera, onde incensava e aspergia água benta, pelo padre após a confissão.
Atualmente não se tolera a morte do outro, se esconde a verdade do enfermo e o moribundo confia, nos que os cercam. Segundo Ariès (1977), Entre 1930 e 1950 ocorreu o deslocamento do lugar da morte. Já não se morre em casa, mas no hospital, sozinho.
O hospital tornou-se o local onde se presta os cuidados que não se pode prestar em casa. Segundo Ariès (1977), antigamente existia apenas o asilo dos miseráveis e peregrinos, que posteriormente tornou-se um centro médico, onde se cura o onde se luta contra a morte. Começa então a ser considerado um tipo de hospital, o lugar privilegiado para a morte. A partir daí morre-se no hospital porque os médicos não conseguiram curar.
Na idade média a morte era pública, enquanto que nas sociedades modernas a morte é vista como um dos maiores perigos da vida do indivíduo. Ela vai sendo empurrada para os bastidores da vida social (ELIAS, 2001).
Ariès (1977) conta que a assistência diante da morte era igual à de nascer, precisava de cuidados. A morte era esperada e cuidada com atenção. Por muitos séculos se morreu com a prática de rituais que davam ao moribundo a ilusão de continuarem ligados a esse mundo, se esquecendo da angústia diante da morte.
Segundo Kubler Ross (1987, p. 278) o paciente em fase terminal necessita de cuidados especiais, mas o mais importante é ouvi-lo e observar o moribundo em silêncio. Agindo assim pode se perceber um cessar em paz. A autora diz que: “Observar a morte em paz de um ser humano faz-nos lembrar uma estrela cadente. É uma entre milhões de luzes do céu imenso, que cintila por um breve momento para desaparecer para sempre na noite sem fim”. Sendo a morte inevitável e imprevisível, deveríamos expressar nossos sentimentos diante das pessoas que amamos. Apreciar a beleza da natureza, das flores, como se nunca mais pudéssemos vê-las novamente.

UMA PROPOSTA DE SOCIABILIZAÇÃO PARA O IDOSO INSTITUCIONALIZADO

INTRODUÇÃO

Este estudo busca explorar, analisar e caracterizar o processo de envelhecimento biológico, o comportamento dos idosos institucionalizados, as possíveis alterações no processo de relações sociais, identificando as plausíveis alterações que a atividade física coletiva pode realizar como estimuladora do processo de relacionamento em grupo e assim propiciar uma mudança no bem estar físico e mental do indivíduo idoso asilado.

O Estatuto do Idoso (2003) prevê que “é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à desigualdade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.

Atualmente o número de pessoas idosas é bem maior do que os de indivíduos jovens, isso se deve a uma diminuição na taxa de fecundidade e de mortalidade fazendo com que a população se torne mais velha. Essas mudanças na estrutura da população exigem uma política adequada do Estado e da sociedade.

O indivíduo passa grande parte da sua vida vivendo coletivamente, com seus familiares, no seu trabalho, com seus amigos. Quando envelhece sofre com a discriminação da sociedade no setor produtivo, da família no convívio social, tendendo a se isolar, se anular, se sentindo incapaz perante a sociedade e a família.

O idoso asilado apresenta características de isolamento, de depressão, falta de estímulo à prática de atividades individuais e coletivas, a literatura demonstra que as atividades mais realizadas por esses idosos, são: escutar música e assistir televisão, poucos são aqueles que fazem referência a atividade física coletiva. Isso se deve muitas vezes pela programação desenvolvida pelas instituições asilares ou a ausência de um trabalho de prevenção proposto pela equipe de assistência ao idoso institucionalizado.

Diante dessa realidade julguei de suma importância o estudo das características do envelhecimento, mas diretamente, da população idosa asilada, com o intuito de evidenciar que a realização da atividade física recreativa-terapêutica além de amenizar os efeitos causados pelo envelhecimento, melhora o estado de saúde, proporciona uma melhoria da qualidade de vida e do processo de socialização do indivíduo.

A sociedade e o Estado precisam entender que é necessário modificar o nível de atenção prestado ao idoso, a importância de uma atuação preventiva junto à população idosa, precisam melhorar o perfil do idoso brasileiro e perceber que é possível envelhecer de maneira saudável e digna.

REFERENCIAL TEÓRICO
O fenômeno de envelhecimento da população mundial não é assunto novo, é um dos maiores desafios da atualidade. Pesquisadores de diferentes áreas têm mostrado interesse na fase da terceira idade, um dos motivos principais é o rápido crescimento da população brasileira com mais de 60 anos (JOÃO et al, 2005).

A diminuição da fecundidade e da mortalidade leva a mudanças na estrutura da população por idade e sexo à maior esperança de vida, também ao envelhecimento populacional. No caso brasileiro, a partir do final da década de sessenta, observou-se um rápido e generalizado declínio da fecundidade e, conseqüentemente, um célere processo de envelhecimento da população (CARVALHO e GARCIA, 2003).

Carvalho e Garcia (2003) observaram em seu estudo que esta marcha está sendo mais rápida e, em termos demográficos, apresenta mudanças estruturais mais profundas do que nos países de Primeiro Mundo por duas razões: primeiro porque o declínio da fecundidade no Brasil se deu em ritmo mais acelerado; segundo porque se origina de uma população mais jovem do que aquela dos países desenvolvidos.
China, Japão e países da Europa e da América do Norte já convivem com um grande número de idosos e com os problemas associados ao envelhecimento afirma Garrido e Menezes (2002). Conseqüentemente, esta realidade gera altos custos para o Estado, assim, se fazem necessárias políticas sérias e consistentes a respeito. Em países como o Brasil e o México, aonde o contingente de idosos vem aumentando rapidamente, estratégias políticas racionais para lidar com as conseqüências sociais, econômicas e de saúde do envelhecimento populacional, são necessárias.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com estudo realizado por João et al (2005), aponta que a atual expectativa de vida é de 66 anos, e até 2025 passaria a ser de 73 anos. O número de pessoas com idade superior a 65 anos já ultrapassa os 10 milhões e estima-se que até o ano de 2020 essa proporção triplique, colocando o Brasil como o sexto país do mundo em número de idosos.

O envelhecimento é um processo inevitável do ponto de vista cronológico e biológico. As funções fisiológicas tendem a diminuir e propiciam o aparecimento de algumas doenças crônicas que dependendo do estilo de vida do indivíduo podem elevar a morbi-mortalidade. O sedentarismo é um exemplo de estilo de vida diretamente relacionado com a qualidade de vida do idoso O indivíduo idoso que deixa de ser ativo diminui seu condicionamento físico comprometendo progressivamente a execução de atividades cotidianas, ocasionando dependência e aumento da depressão (POLITO apud VERAS e LOURENÇO, 2006).
O autor também afirma que com o processo de envelhecimento os níveis de força muscular tendem a diminuir, por exemplo, homens com mais de 60 anos podem perder 3% de sua força muscular por ano, enquanto, mulheres podem perder 5%. Indivíduos com 80 anos podem apresentar 30% menos força quando comparado com pessoas de 70 anos. Isso se deve, dentre outros fatores, a doenças crônicas, sedentarismo, desnutrição, à diminuição progressiva do número de fibras musculares, principalmente as de contração rápida, responsáveis pelo desenvolvimento da força.

Polito apud Veras e Lourenço (2006) assegura em sua pesquisa que a fraqueza muscular está diretamente relacionada à alteração da marcha, fator que repercute diretamente na autonomia do idoso, promove quedas constantes, aumenta o risco de mortalidade após uma fratura, além disso, o treino de força no indivíduo idoso auxilia no processo de aumento da densidade óssea no controle da osteoporose, quando associado à dieta contribui para o controle glicêmico em idosos diabéticos.

A tendência do comportamento da função cardiorrespiratória é de gradual diminuição com o avançar da idade. A literatura registra uma taxa de declínio de aproximadamente 10% por década, a partir da quarta década de vida. Essa diminuição gradual se dá tanto a partir de um componente cardiovascular, como também por diminuição da massa muscular, da capacidade oxidativa dos músculos, aumento no estresse oxidativo mitocondrial, com o respectivo declínio da sua função respiratória e o aumento na taxa de produção de radicais livres. Essas alterações resultam em influências desfavoráveis sobre a capacidade de realização de um determinado trabalho físico, prejudica a execução das tarefas de vida diária e limita a autonomia (LENT, 2002).

As alterações morfológicas, bioquímicas, moleculares e biomecânicas das células e da matriz cartilagínea provenientes da osteoartrose, (causa mais freqüente de morbidade e de limitação no paciente idoso), podem produzir enfraquecimento, fragmentação, ulceração, perda de cartilagem, esclerose óssea, osteófitos, cistos subcondrais e levar à sintomatologia de dor articular, rigidez, limitação de movimento, crepitação, edema e inflamação. Tais sintomas provocam incapacidade funcional do idoso (MENEZES apud VERAS e LOURENÇO, 2006).

É grande o número de desordens neurológicas na população de idosos, das quais as mais comuns são a Doença de Parkinson e o Acidente Vascular Encefálico. Outra característica da população idosa é a Fragilidade. É um estado de vulnerabilidade fisiológica que se relaciona diretamente com o envelhecimento e com as próprias alterações evolutivas do organismo. Atinge entre 10% a 25% dos idosos maiores que 65 anos e pode chegar a 46% dos maiores de 85 anos. Esta própria condição predispõe o paciente a lesões iatrogênicas e vice-versa (UMPHRED, 2004).

A manutenção da eficácia cognitiva no processo de envelhecimento se constitui em uma condição diferencial de qualidade de vida e de preservação da autonomia. Embora possa ser freqüente a observação da diminuição do cognitivo entre idosos, não se pode concluir que isso seja inevitável ou inerente ao processo de envelhecimento. É necessário fazer uma abordagem desta questão de uma forma dinâmica considerando diversos fatores que atuam na vida do homem (VERAS e LOURENÇO, 2006).

O desenvolvimento da inteligência humana ocorre no decorrer de todo o curso de vida sob a ação de fatores genéticos e epigenéticos. Implica em ganhos e perdas, e preponderam os ganhos na infância e as perdas na velhice. O procedimento é multifuncional e multidirecional, de tal forma que as diferentes funções e capacidades evoluem em ritmos e direções próprios, o que faz com que a individualidade tenda a se ampliar com o avançar da idade (FILLIT et al, 2002; ANSTEY, 2004).

Apesar de existirem mudanças mesmo no envelhecimento saudável como a diminuição na velocidade de processamento das informações, se espera que a mente permaneça apta à aprendizagem, e se mantenha capaz de se adaptar aos estímulos. Porém não se proporciona à população idosa no Brasil um envelhecimento saudável, as mudanças biológicas somadas ao envelhecimento tornam o indivíduo fragilizado, propenso a doenças que podem atingi-lo diretamente ou indiretamente, o que compromete suas capacidades cognitivas.

Por outro lado, vem crescendo o número de idosos que expressa vitalidade cognitiva, fazendo com que aumente a expectativa de um trabalho preventivo, ao sugerir que o declínio cognitivo possa ser evitado mesmo em idade avançada (FILLIT et al, 2002).

Na década de noventa, pesquisas realizadas analisavam a influência de variáveis relacionadas ao estilo de vida e condições de saúde sobre o desempenho cognitivo. Nos últimos anos, têm sido identificados fatores de risco para declínios cognitivos potencialmente reversíveis. Assim, esses achados somados às produções no campo da Psicologia do Envelhecimento e às descobertas em Neurociência, fornecem uma sólida base conceitual para o desenvolvimento de ações interventivas de otimização cognitiva para idosos (ANSTEY, 2004).

A memória é uma complexa função mental que proporciona ao ser humano uma capacidade extraordinária de adaptação ao meio ambiente. A memória apresenta distinções que a tornam mais suscetível à ação de fatores que promovem sua ineficácia. Posteriormente aos 40 anos podem ser observadas pequenas mudanças que tendem a se ampliar com o tempo. A maneira com que o indivíduo lida com essa questão, “interpretações, encaminhamentos”, suas condições de saúde e seu estilo de vida interferem sobremaneira na evolução do seu desempenho (CALERO, 2004).

A intervenção através de uma abordagem multifatorial, tem se revelado como um caminho de prevenção e adiamento do declínio em atividades críticas do cotidiano, e favorece a manutenção da autonomia e conquista de uma melhor qualidade de vida no envelhecimento (GUERREIRO, 2001).

A Política Nacional do Idoso apresenta como propósito fundamental a promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade (BRASIL, 1999).

Juchen (2001) constata que a palavra “asilo” causa medo na maioria das pessoas porque nos confronta com o que há de mais profundo em nós: o medo de envelhecer e morrer. Entretanto, viver não é pura e simplesmente existir, mas desfrutar a abundancia de vida, qualidade de vida, desenvolvendo as potencialidades inerentes ao ser.

Durante o processo de envelhecimento, os indivíduos passam por mudanças físicas, psicológicas e sociais. Uma das principais características sociais do indivíduo idoso é o seu papel de aposentado, que gera um estereótipo representado por situações de discriminação e marginalização. Estar aposentado e asilado é uma condição que leva freqüentemente a sentir a velhice como uma fase negativa da vida.
Nesse ciclo vital, o idoso normalmente negligencia seu movimento, sua auto-expressão, isso leva a pensar que o significado do movimentar-se para os idosos está relacionado às suas experiências de vida, tais como trabalho, convivência social e família.

Mesmo que os estereótipos ou a descriminação baseada nos preconceitos possam ser uma constante na vida do idoso, envelhecer é o desejo da maioria da população. Ao observar as modificações que ocorrem nas pessoas idosas, constata-se que o envelhecimento é um processo lento, progressivo e caracterizado pela diminuição da atividade fisiológica e, assim, são esperados acúmulos de processos patológicos. Esses processos apresentam problemas específicos, que requerem medidas que promovam bem estar, e podem ser resolvidos ou diminuídos com a ajuda de profissionais, familiares e/ou de outras pessoas que o cercam.

A feminizacão da velhice é uma constatação mundial. Análise feita com base nos dados do Censo Demográfico de 2000, no Brasil a diferença na distribuição das pessoas idosas por sexo cresce significativamente à medida que aumenta a faixa etária. Há uma predominância feminina de 6,4% na faixa etária dos 60-64 anos, crescendo sempre até atingir a diferença de 31,6% na faixa etária de 95-99 anos. Várias são as hipóteses sobre a longevidade da mulher, entre elas: o acompanhamento médico-obstétrico mais efetivo, maior preocupação e mais cuidados em relação às doenças e à prevenção da saúde, padrões de comportamento e estilo de vida mais saudáveis, o que ameniza os fatores de risco, menor exposição a riscos relativos a acidentes de trabalho e de trânsito, menos homicídios e suicídios (HERÉDIA et al, 2000).

O mesmo autor aponta um estudo realizado com 248 idosos distribuídos em quatorze instituições asilares da Região Nordeste do Rio Grande do Sul, teve como objetivo conhecer as condições em que se encontravam os idosos e identificar suas principais características e necessidades, buscando subsidiar ações e fomentar políticas sociais, visando a transformações que permitam dar maior dignidade e respeitabilidade à velhice.

Tal estudo identificou que os idosos asilados são, na sua maioria, de cor branca (85,9%) e do sexo feminino. As mulheres representam 64% e os homens 35,1%. Há predomínio das faixas etárias superiores há 70 anos, o estado civil dominante é de solteiros e viúvos, representando 87,9%, esse dado leva a constatar que a maioria dos asilados não possui companheiro, e ainda o fato de constituir família não garante a permanência do idoso no domicílio.

Observou-se também que a perda da autonomia e da independência, a situação econômica precária do idoso ou da família e o descaso dos familiares podem constituir-se em motivos de asilamento. Sair da condição de morar sozinho para a condição de asilado é uma mudança que exige esforço de adaptação e aceitação. Essa transição representa um impacto pela perda de referências, o que tem repercussões no estado emocional, nas relações e na saúde de quem vive asilado. A partir do asilamento, a pessoa perde a possibilidade de administrar seu tempo, seu espaço, suas decisões e relações. O seu querer é o querer da instituição. A vontade individual fica submetida à vontade e às decisões administrativas da instituição.

Herédia et al (2004) relatam, também, que a maioria dos entrevistados recebe visitas do núcleo familiar (companheiro, filhos e netos) com maior freqüência; recebendo ainda visitas de parentes (irmãos, tios e sobrinhos), de amigos ou de pessoas da comunidade. É importante ressaltar que 9,1% dizem não receber visitas. Entretanto, constata-se que o número de visitas vai diminuindo à medida que aumenta o tempo de asilamento. Esses dados revelam que uma parcela está abandonada e que os laços familiares se fragilizam com o passar do tempo, levando gradativamente ao esquecimento dos idosos.

Além do destinado ao atendimento das necessidades básicas (alimentação, higiene, repouso), o tempo dos idosos é utilizado na realização de algumas atividades que, conforme as respostas dadas foram agrupadas em duas modalidades: uma categorizada como atividades interativas com pessoas ou objetos, cujas predominâncias se referem ao diálogo com seus pares (69,3 %) e ao desenvolvimento de atividades manuais (23,3%). Outra categorizada como atividades não interativas, caracterizada pela passividade do idoso: assistir à televisão (58,0%); ouvir rádio (41,5%); ouvir música (19,9%); ler (14,2%). Destaca-se a participação dos idosos em atividades recreativas organizadas por algumas instituições. Em outras, essas atividades são desenvolvidas apenas ocasionalmente, por pessoas voluntárias.

Nesse estudo referido por Herédia et al (2004), a maioria das respostas está diretamente relacionada à perda da autonomia/independência: necessitar de cuidados ou não ter dinheiro para suprir suas necessidades (de alimentação, vestuário, saúde, moradia, cuidador). Assim, perder a condição de morar ou permanecer sozinho, de não poder mais trabalhar ou ainda o fato de ficar doente, de precisar de alguém que o cuide coloca o idoso numa situação de dependência e cria a necessidade do asilamento. A esses motivos se somam a falta de um lugar para morar (com a família ou fora dela) e a falta de condições da família para exercer o papel de cuidador. As respostas agrupadas em: Foi colocado no asilo, não revelam exatamente um motivo, mas o fato de terem sido asilados não por decisão pessoal, mas por decisão de algum familiar. Ressalta-se que alguns estão asilados por opção própria.

À medida que se perde a autonomia/independência, perde-se a condição de tomar decisões e, portanto, de administrar a vida, mesmo antes do asilamento. Uma vez internado, essa situação se intensifica, e o idoso fica cada vez mais submetido à vontade e às decisões da instituição, anulando gradativamente sua identidade.

Talvez, por essa razão, ao serem questionados sobre o que é mais importante na vida, aparecem como valores predominantes, aqueles que poderiam garantir a continuidade de uma vida autônoma e independente ou o arrimo necessário a saúde (67,0%), a família (43,8%), o dinheiro (28,4%).

O estilo de vida tem relação direta com o estado físico-mental de uma pessoa. O asilamento provoca mudança no estilo de vida do idoso, que passa a ser caracterizado pela passividade, pela não-participação, pela ausência do exercício da autonomia, supondo alterações profundas que conduzem a atitudes de espera. Essa mudança não é uma opção pessoal, mas é provocada pela condição de ser asilado. Essas afirmações podem ajudar na reflexão sobre os valores que são importantes aos idosos asilados.
A atividade em geral seja ela física ou de outra ordem é considerada na literatura como sendo de grande relevância para a qualidade de vida na velhice. Estar ativo é distanciar-se do sedentarismo, uma das causas de quase todas as doenças mais comuns na velhice (VITTA, 2000).

Gallahuomo e Ozmun (1995) caracterizam que fatores como o exercício, um estilo de vida fisicamente ativo e a capacidade de executar as atividades de vida diária – AVD, podem ter impacto positivo sobre como um indivíduo idoso se sente e como os outros o vêem. Ao contrário, a falta de domínio motor pode influenciar de forma negativa a saúde desse indivíduo.

A partir de estudos realizados por Berger e McInman (1993), foram relatadas associações entre atividade física e personalidade, satisfação com a vida, auto-estima e estresse. Sendo a personalidade um fator estável, torna-se improvável que a sua mudança resulte apenas do exercício. Em contrapartida, a satisfação com a vida e a atividade física teve uma alta correlação quando estudadas em indivíduos idosos.

A elaboração de um programa de atividade física para a terceira idade deve levar basicamente em consideração o preparo para que o idoso possa cumprir suas necessidades básicas diárias, ou seja, tentar impedir que o idoso perca a sua auto-suficiência, através da manutenção de sua saúde física e mental (JUNIOR, 1992).

Com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das doenças, o idoso tende a alterar seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos associados à inatividade e a má adaptabilidade podem acarretar numa redução no desempenho físico, na habilidade motora, na capacidade de concentração, de reação e de coordenação, gerando processos de autodesvalorização, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão.

Os efeitos da diminuição natural do desempenho físico podem ser atenuados se forem desenvolvidos com os idosos, programas de atividades físicas e recreativas que visem a melhoria da capacidade motora que apóia a realização de sua vida cotidiana, dando ênfase na manutenção das aptidões físicas de principal importância no seu bem estar.

Maximino (2001) define Grupo como “um conjunto de indivíduos ligados por constantes de espaço e tempo, articulados por mútuas representações que se propõem de forma implícita e explícita a uma tarefa que constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de assunção e adjunção de papéis”.

Portanto, para o referido autor a atividade física é facilitadora desse processo por articular os sujeitos do grupo no qual assumem e delegam papéis um ao outro, a comunicação possibilita a aprendizagem e, conseqüentemente, a apreensão da realidade. O vínculo é condição básica para o sucesso do grupo; é quando um sujeito se torna significativo para o outro.

O ser humano é um ser gregário, afirma Zimerman (2000), e durante o seu desenvolvimento, passa por diversos grupos: família, amigos, trabalho e escola. O idoso no decorrer da sua vida já fez parte de todos esses grupos, devendo ter todas as condições internas e a necessidade de congregar-se a um grupo de pessoas iguais a ele.

Na utilização do processo de grupo, através das múltiplas relações que se dá entre os seus componentes, o importante é a integração do indivíduo no grupo, possibilitando sua extensão individual como membro operante deste, de sua família, de sua comunidade. Pela formação de um vínculo com os elementos do grupo, os quais remetem segurança, apoio, compreensão e liberdade entre si. É por meio das experiências, das interações e das oportunidades de vivências que surgirão mudanças no comportamento, tanto do indivíduo quanto dos elementos do sistema.

João et al (2005), realizaram uma análise criteriosa de artigos científicos que investigassem os benefícios preventivos e minimizadores dos efeitos do envelhecimento, através da participação de idosos em atividades coletivas e sua contribuição à melhoria da qualidade de vida com maior autonomia e independência.

A repercussão positiva das atividades em grupo no contexto de vida do idoso é resultado unânime nos artigos revisados, a melhora no estado de saúde é consideravelmente notada; e, para Valla apud Assis et al (2002), o apoio social ajuda na prevenção, manutenção e recuperação da saúde. O resgate da auto-estima e autopercepção são fundamentais ao autocuidado e a todas as medidas que o indivíduo possa adotar para melhorar sua saúde e bem-estar no decorrer de suas atividades cotidianas.
CONCLUSÃO
Após exposição das alterações biológicas do envelhecimento, apresentação das características do idoso institucionalizado e das benesses da atividade coletiva na terceira idade observa-se a relevância deste estudo.

Os estudos relacionados a terceira idade, têm apontado uma gama de benefícios à saúde promovidos com a prática de atividades físicas cotidianas, melhorando a qualidade de vida do idoso, inserido-o socialmente, tornando-o produtivo, membro importante dentro a comunidade que o cerca.
As atividades recreativas devem ser atraentes, diversificadas, com intensidade moderada, de baixo impacto, realizadas de forma gradual, promovendo a aproximação social, sendo desenvolvidos coletivamente, respeitando a individualidades de cada um, sem estimular atividades competitivas, pois tanto a ansiedade como o esforço aumentam os fatores de risco
Programas de atividades recreativas terapêuticas deveriam ser mais utilizados em instituições de longa permanência. A falta de um familiar foi suprida pelo contato afetuoso entre os colegas institucionalizados. Sem dúvida, o amigo de instituição asilar torna o dia-a-dia do idoso asilado mais interressante, preenchendo sua vida cotidiana de atividades de entreterimento, que confere ao ambiente institucional uma conotação de ambiente familiar.
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REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Cuidadores de Idosos

Com as mudanças decorrentes do processo de industrialização, da urbanização da população rural, do ingresso da mulher no mercado de trabalho houve também mudanças na estrutura familiar que passou de ampliada a nuclear.
Considerando a elevada inciência de condições que, interferindo na indepenência do idoso, afetam diretamente sua qualidade de vida, percebe-se cada vez mais a importância do cuidador. A meta da assistência em gerontologia é a manutenção dos idosos na familiaridade, conforto e dignidade de seus lares pelo maior tempo possível.
A assitência domiciliar objetiva aumentar a autonimia do idoso; manter a individualidade e a peculiaridade do ambiente; repeitar a memória física e afetiva; prevenir situações carenciais; criar ou aprimorar hábitos saudáveis; reforçar vínculos familliares e sociais; recuperar capacidades funcionais perdidas; respeitar e observar as características regionais; integrar e estabelecer parceria com os gestores públicos e privados e prestar atendimento especializado de saúde.